O papel das universidades e empresas na construção de um mundo sustentável

O papel das universidades e empresas na construção de um mundo sustentável e a necessidade de mudança na forma de educar foram temas da abertura do Global Forum América Latina 2011 (GFAL), na segunda (29/8), o Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Paraná (Cietep), em Curitiba. Os palestrantes foram unânimes em afirmar a necessidade de se inserir questões, como sustentabilidade, nos currículos, em todos os níveis de ensino.
“A solução para os desafios da sustentabilidade está nas pessoas. O primeiro passo é a educação. Temos que começar por nós mesmos. O que temos que mudar em nós, em nossos sistemas, principalmente aqueles que possuem impacto nas atividades de educação e consumo para que o futuro seja mais sustentável?”, questionou o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, na abertura da conferência, que é uma iniciativa do Sistema Fiep, por meio da Universidade da Indústria (Unindus), em parceria com a universidade norte-americana Case Western Reserve University, de Cleveland.
A solenidade de abertura foi o único momento presencial da GFAL 2011. As palestras e debates, que serão realizadas até amanhã quarta (31/8), são virtuais, com conteúdos ao vivo pela internet. Os participantes podem organizar a programação de acordo com seu interesse. A interação com os palestrantes será por meio de fóruns online, que estarão disponíveis durante a conferência. Ainda é possível se inscrever no www.globalforum.com.br. Todas as palestras de segunda podem ser consultadas no site do Global Fórum.
Ronald Fry, PhD do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e coformulador da teoria e metodologia da Investigação Apreciativa, compartilha da opinião de Rocha Loures. “Uma educação nos negócios, com foco na sustentabilidade, pode contribuir para minimizar os problemas globais e sociais enfrentados pela sociedade. Isso é parte de um novo currículo, que pensa de forma sistêmica e sustentável”, disse Fry, destacando que, como a sustentabilidade é um conceito holístico, as estratégias para lidar com ela também precisam ser. Para Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação e diretor de Integração Acadêmica da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é necessário começar a mudança em todos os níveis da educação não apenas no Brasil, mas no mundo.
“Nas escolas de administração, os alunos são ensinados a obter um maior retorno financeiro em seus negócios, e não a tratar sobre questões sustentáveis. Não se ensina sustentabilidade no curso de engenharia, mas não se constrói um prédio sem fazer um levantamento dos impactos ambientais. As questões sobre sustentabilidade fazem parte do dia a dia. Agora é preciso levá-las para as salas de aula”, sugeriu Freitas. A organização da sociedade em prol de causas relacionadas ao desenvolvimento também podem incentivar mudanças.
Segundo Rocha Loures, o Paraná possui um trabalho intenso em prol do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). São mais de 100 mil voluntários atuando pelo desenvolvimento dos municípios e melhoria de qualidade de vida da população. “Temos que fomentar projetos de mudanças que concorram para a mudança da sociedade”, observou.
Segundo Sergio Scheer, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a universidade tem papel fundamental nas discussões sobre desenvolvimento sustentável. “Esse tipo de discussão traz um complemento à formação acadêmica e coloca o aluno frente a frente com os desafios do mercado”, disse Scheer, citando o programa Administração Sustentável, realizado em parceria com o Sistema Fiep e que formou sua segunda turma na semana passada.
“A Itaipu, como empresa geradora de energia, tem grande preocupação com a sustentabilidade. Além do cuidado com o meio ambiente, também trabalhamos com a questão social e inclusão”, afirmou a diretora financeira da Itaipu Binacional, Margeret Groff.
Wilson Nobre, professor do Departamento de Administração da Produção e de Operações Industriais da FGV-Eaesp, acredita que a universidade passou por uma transformação intensa nos últimos anos. “Há 10 anos, criamos o Fórum de Inovação, um grupo de empresas e acadêmicos que discute a inovação. Os empresários são chamados a participar e direcionar as pesquisas. Isso é de extrema importância, pois aproximamos os grandes atores do desenvolvimento: a universidade e o setor produtivo”.

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Fotos da Abertura do GFAL2011

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ISAE/FGV será case no Global Fórum América Latina

Entre os dias 29 e 31 de agosto, ocorre o Global Fórum América Latina (BAWB GFAL) 2011. Este ano o encontro será totalmente virtual e gratuito. Todas as palestras serão online, o que possibilitará a interação imediata de pessoas em qualquer parte do mundo, por meio de ferramentas como chats, Linkedin, Facebook e Twitter.

O superintendente do ISAE/FGV, Norman Arruda Filho, participa do último dia do evento, quando fala sobre a experiência de gerenciar uma instituição de ensino que aderiu aos Princípios para Educação Empresarial Responsável da ONU – PRME. O case abordará as principais ações do ISAE/FGV na busca de transmitir uma educação executiva que leve em conta os valores da sustentabilidade. O Instituto foi de uma das primeiras Escolas de Negócios a aderir a estas diretrizes, assim que foram lançadas, em 2007. Além de Arruda Filho, mais de 50 especialistas de diversas partes do mundo, discutirão como a gestão pode contribuir com a sustentabilidade do planeta.

O BAWB GFAL tem por objetivo fortalecer as relações entre o mundo empresarial e acadêmico, de modo a torná-los parceiros, além de identificar boas práticas empresariais que podem contribuir na área acadêmica. As discussões abordarão três eixos: Sociedade Inovadora: tecnologia, gestão e cultura; Design Thinking: atitude, método e co-criação; e Educação na Sustentabilidade: modelos, competências e habilidades.

A apresentação do superintendente do ISAE/FGV, Norman Arruda Filho, será no dia 31 de agosto, das 16h às 16h30. Os interessados em assistir esta e outras palestras do evento, devem fazer sua inscrição clicando aqui, ou pelo site: http://www.globalforum.com.br/

Fonte: FGV PR

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Design como forma de estratégia

Empresas usam o design thinking para reforçar a criatividade na organização e inovar

O nome parece pomposo, mas a ideia é relativamente simples: fa­­zer as empresas se anteciparem às demandas dos consumidores com a criação de novos produtos e servi­­ços. Resumidamente, esse é o conceito de design thinking, uma fer­­ra­­­menta cada vez mais presente na gestão de empresas brasileiras. Em oposição ao business thinking – o método tradicional de avaliação dos negócios, predominantemente quantitativo –, a apropriação de conceitos do design pelos gestores permite uma reflexão mais subjetiva da necessidade dos clientes.

Kleber Puchaski, da Feel the Future: utilização dos conceitos do design para solucionar problemas das empresas

Um exemplo clássico do resultado da utilização do design thinking por uma empresa foi o surgimento do iPod, da Apple, há quase dez anos, em novembro de 2001. Intuitivo e integrado ao iTunes, programa para baixar músicas, o aparelho revolucionou o mercado da música e decretou a morte dos CDs. No caso, por meio do “pensar como um designer”, a Apple conseguiu se antecipar a um desejo do consumidor, oferecendo um produto que ele não imaginava que gostaria de ter.

Em Curitiba, o escritório Feel The Future, consultoria de inovação e design, é uma referência nessa área e conta com clientes como a Nokia, no Reino Unido, e a Hyundai, na Coreia do Sul, além de trabalhar com empresas nacionais, como Itaú, HSBC e Electrolux. “Não atuamos como designers, mas como facilitadores de um diálogo entre a empresa e o usuário”, diz Kleber Puchaski, diretor da empresa.

Martha Terenzzo, especialista em inovação e professora da ESPM, em São Paulo, que oferece cursos de design thinking, diz que o proceso, quando aliado à estratégia da empresa, costuma dar muito mais resultado. “Dessa forma, a inovação pode vir através da melhoria de uma problema no SAC ou até redução de uma fila do caixa do supermercado local”, diz. “Qualquer em­­­presa pode adotar o modelo, não há limitação pelo porte. O sistema é muito simples e implementável no curto prazo. O que faz o modelo ser uma alavanca de inovação numa empresa é a estratégia alinhada ao modelo. Ou seja, não adianta uma empresa empregar o modelo e apenas usá-lo uma vez, ou dissociado de inovação. A gestão da inovação deve permear a cultura da empresa e isso depende muito mais do empreendedor.”

Puchaski concorda que o método não serve apenas para a criação de produtos ou serviços, mas também pode ser aplicado nas decisões estratégicas e nos próprios processos de gestão. “É uma maneira diferente de pensar, que envolve principalmente a colaboração entre diferentes áreas e a experimentação. O importante é a forma de pen­­­sar. É utilizar a criatividade com foco nas necessidades do consumidor.”

Serviço:

A Endeavor promove a palestra “(Re)inventando negócios através do Design Thinking”, com Kleber Puchaski. Será hoje, 3 de agosto, às 19 horas, na sala de convenções do Cietep (Avenida Comendador Franco, 1.341, Jardim Botânico, Curitiba). A entrada é franca.

Fonte: Gazeta do Povo

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BAWB Global Forum na mídia

Entrevista com Margarita Bosch, coordenadora geral  da Conferência BAWB Global Forum 2011 para o programa Sustentável S.A no dia 13 de julho de 2011.

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Chave para Inovação

“Para inovar, uma empresa necessita criar um ambiente certo, uma cultura certa para inspirar as pessoas e potencializar suas mentes. ” [Charles Bezerra]

Há alguns bilhões de anos uma sopa química deu origem a vida em nosso planeta. Antigas formas de vida foram ficando mais e mais sofisticadas por meio de três simples mecanismos (mutação, cruzamento e seleção), fantasticamente explicados por Darwin, em 1859. Alguns organismos começaram a desenvolver estruturas neurais, capacidade de se comunicar e de criar ferramentas. Desenvolvemos a capacidade do design, de criar o novo, também criamos a arte, a ciência e a tecnologia, com a qual dominamos todas as outras formas de vida. Com a capacidade de criar aceleramos ainda mais o processo e ganhamos escala.

Mudamos tudo a nossa volta e criamos um modelo de vida além do que os recursos do planeta seriam capazes de sustentar. Alguém poderia dizer: É porque somos muitos, mas será que é por isto mesmo? Se compararmos a biomassa humana com a biomassa das formigas, por exemplo, as formigas pesam de três a quatro vezes mais que nós. Seria o equivalente a ter 30 bilhões de pessoas no planeta atualmente. Também, alguém poderia dizer: “É porque não tem dinheiro para todo mundo!”, mas será que é falta de dinheiro? Lembro-me do Ted Turner, criador da CNN, dizer que os trilhões de dólares gastos na guerra-fria seriam suficientes para todo ser humano viver no paraíso material, ou seja, não é porque somos muitos ou porque não temos dinheiro, mas sim pelo modelo de vida que escolhemos.

Podemos pensar a tecnologia, a comunicação e a competição do mundo atual como partes de um processo similar aos usados na seleção natural. A tecnologia atua como um mecanismo de mutação e constantemente gera novas possibilidades. A comunicação e a conectividade permitem a combinação de ideias equivalente a um mecanismo de cruzamento. E, por fim, a competição dos mercados atua como um grande processo de seleção, decidindo o que sobrevive e passa para a próxima geração. Uma dinâmica capaz de nos manter em constante revolução e de criar toda essa diversidade de ideias, produtos, serviços e experiências que estamos presenciando.

Darwin nunca disse que era o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, o que ele nos disse foi: “Quem sobrevive é quem está mais preparado para mudanças, ou seja, o mais adaptável. Em um mundo de extrema competição como o que estamos vivendo, pessoas e organizações precisam aprender a se adaptar, cada vez mais rápido.

O que determina o sucesso de uma organização é a capacidade de atrair a atenção dos consumidores para as suas ideias, produtos ou serviços. E, para isso, é preciso se diferenciar. A essência da inovação é a busca pela diferenciação. A tentativa de deixar o cardume e buscar uma nova alternativa. Algo que, até então, não acontece na tecnologia ou em qualquer outro lugar, mas exclusivamente em nossas mentes. Uma capacidade que não dá para ser percebida pelo exterior. Não importa a idade, a origem, o sexo ou a cor da gravata, mas envolve a capacidade de navegar no problema sem se perder; modelar o todo e as partes, fazer as perguntas certas, nas horas certas; vencer aparentes contradições; manter a mente de criança; arriscar; e, assim, criar e contar uma nova história.

Conhecimento é a chave para abrir as portas da inovação e está diretamente ligado com a qualidade de nossas fontes e o treinamento intelectual que nos colocamos. Se procurarmos ideias radicalmente diferentes, nossa perspectiva precisa ser radicalmente diferente. Richard Feynman, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1965, costumava dizer que se colocava no lugar de marcianos para se perguntar: “O que eles iriam achar se encontrassem tal problema?”

Para inovar, uma empresa necessita criar um ambiente certo, uma cultura certa para inspirar as pessoas e potencializar suas mentes a atingir todo seu potencial. Não adianta comprar máquinas, processos, sistemas e não trabalhar o indivíduo. Trata-se da tarefa mais importante para os líderes de hoje. Em inovação não existem fórmulas. Antes de criar as inovações, precisamos criar os inovadores.

*Charles Bezerra (Diretor-executivo do Gad’Innovation. Possui Ph.D. em Design pelo Illinois Institute of Technology e trabalhou como consultor de inovação em vários projetos internacionais. Foi gerente de design para América Latina da Motorola e ganhou o prêmio de ouro no IDEA 08. Também é autor do livro O designer humilde: lógica e ética para inovação).

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Inovação na sala de aula: Como a inovação de ruptura muda a forma de aprender

De Clayton Christensen, Michael Horn e Curtis Johnson. Porto Alegre: Artmed, 2009, 240 p. 

O novo modelo de ensino e aprendizagem deve ter como foco principal a motivação dos alunos, que segundo os autores é o principal ingrediente da inovação de sucesso.

O livro Inovação na sala de aula: como a inovação de ruptura muda a forma de aprender apresenta um panorama sobre a história da educação nos Estados Unidos, com foco no modelo de ensino aprendizagem das escolas públicas; a obra é dividida em nove capítulos, trazendo casos de empresas renomadas, e contextualiza a problemática por meio de exemplos retirados do meio.

O livro trata do desafio de tornar o aprendizado intrinsecamente motivador para o estudante. E levanta algumas questões inquietantes, como, por exemplo: Por que as escolas resistem às melhorias ? Será que as escolas não possuem número de computadores suficientes em sala de aula? Será que o modelo de ensino dos EUA está ultrapassado? Como fazer para atender a demanda das múltiplas inteligências e seus diferentes modos de aprendizagem em uma sala de aula? O que fazer para realizar uma inovação de ruptura nas escolas públicas nos Estados Unidos?

E você leitor ? Acredita que o modelo de ensino brasileiro está ultrapassado ? Que precisa de uma reformulação nos seus currículos, processos e testes para assim haver uma grande inovação no seu modelo atual de ensino ? Dê sua opinião!  Participe!

Esta e outras questões serão abordadas na Conferência BAWB Global Forum nos dias 29 a 31 de agosto. Não perca esta oportunidade de dialogar sobre este importante tema da educação. Contaremos com grandes ícones como Humberto Maturana, Maria Cândida Moraes e muitos outros. 

Saiba mais sobre  Inovação na sala de aula.

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Design thinking – Palestra de Luis Arnal

Palestra sobre Design Thinking e Inovação com Luis Arnal CEO da Insitum.

Luis fala sobre a experiência adquirida nos mais de 500 projetos de inovação centrada no usuário desenvolvidos pela insitum em todas as américas e nos mais diversos segmentos.

Além disso apresenta as principais características necessárias para ser um profissional desta nova área chamada inovação e demonstra que  não é necessário ser um designer para ser um “design thinker”, e sim é preciso um olhar antropológico para atingir este objetivo.

Fonte: Denise Eler / Vimeo

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